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(Reuters) – A União Europeia pretende propor tarifas sobre os jatos Boeing enquanto se prepara para retaliar ainda mais se as negociações comerciais com os Estados Unidos fracassarem, informou o Financial Times nesta quarta-feira.
A Comissão Europeia, que supervisiona a política comercial da UE, planeja incluir aeronaves civis em uma lista de cerca de US$ 100 bilhões em importações anuais dos EUA a serem alvo, disse a reportagem citando duas pessoas familiarizadas com o assunto.
As medidas, que precisariam ser aprovadas por uma maioria qualificada dos Estados membros, só entrariam em vigor se a UE não fizer progresso suficiente em suas negociações com os EUA para reduzir as tarifas sobre produtos europeus, acrescentou a matéria.

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O chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, disse na terça-feira que eles não estavam sob pressão para aceitar um acordo tarifário injusto com os Estados Unidos.
A Boeing e a Comissão Europeia não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters.
A UE enfrenta tarifas de importação dos EUA de 25% sobre seu aço, alumínio e carros. Ela também tem que lidar com as chamadas tarifas “recíprocas” de 10% para quase todos os outros produtos, incluindo aeronaves, que podem aumentar para 20% depois que a pausa de 90 dias do presidente dos EUA, Donald Trump, expirar em 8 de julho.
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As companhias aéreas europeias têm centenas de jatos encomendados à fabricante de aviões dos EUA, apostando em um mercado aeroespacial em expansão, mas os possíveis impostos podem aumentar significativamente os preços dessas aeronaves.
Fontes do setor disseram que a UE deve garantir igualdade de condições nas tarifas entre a Boeing e a europeia Airbus, retaliando os impostos de Washington.
Mas, diferentemente de uma guerra tarifária anterior envolvendo a aviação em 2020 e 2021, as empresas aeroespaciais europeias e norte-americanas chegaram a um consenso ao pedir a suspensão de todas as tarifas.