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Em 1934, o governo dos Estados Unidos emitiu, pela última vez, cédulas com valores muito acima das tradicionais notas de 100 dólares que conhecemos hoje. A maior delas é a cédula de 100 mil dólares — que, sim, ainda tem valor.
O Federal Reserve System (Fed), o banco central norte-americano, equivalente ao nosso Banco Central, foi o órgão responsável por essas emissões. Além da tradicional nota de 100 dólares, foram colocadas em circulação cédulas de 500, 1.000, 5.000, 10.000 e até 100.000 dólares — isso mesmo: uma nota com valor facial superior a meio milhão de reais nos dias de hoje.
Qual era o objetivo dessas cédulas com valores tão altos?
As cédulas de 500, 1.000, 5.000 e 10.000 dólares foram criadas para uso pelo público em grandes transações, incluindo operações interbancárias. A de 10.000 dólares foi a maior denominação já colocada em circulação para uso público na história da moeda norte-americana.
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Em 1969, o governo dos EUA descontinuou oficialmente essas notas, alegando a baixa circulação e o risco de seu uso em atividades ilícitas.
Apesar disso, as cédulas ainda possuem curso legal — ou seja, continuam sendo reconhecidas pelo valor de face —, mas hoje valem muito mais no mercado de colecionadores, principalmente quando estão bem conservadas.
No ano passado, uma cédula de 10.000 dólares foi vendida nos Estados Unidos pela casa de leilões Heritage Auctions por um valor recorde de US$ 453.600, o que equivale, atualmente, a mais de 2,5 milhões de reais.
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A nota de 5.000 dólares também impressiona: um exemplar foi vendido pela mesma empresa por US$ 336.000, valor que se aproxima dos 2 milhões de reais.

E a raríssima cédula de 100 mil dólares?
Diferente das demais, a cédula de 100 mil dólares nunca foi destinada ao público. Ela foi criada exclusivamente como instrumento contábil para uso interno entre as agências do Federal Reserve. Sua posse por particulares é ilegal.
Quase todas as cédulas emitidas foram posteriormente destruídas, restando apenas 12 exemplares, todos devidamente registrados e pertencentes ao governo dos Estados Unidos. A Instituição Smithsonian, em Washington, conserva dois desses raríssimos exemplares em seu acervo, com fins exclusivamente educativos.
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