Publicidade
A gestora de investimentos BlackRock anunciou nesta quinta-feira (26) que vai colocar no mercado dois novos Exchange Traded Funds (ETFs), o EWBZ11 e o CAPE11. Os novos produtos estarão disponíveis a partir de 30 de junho.
O objetivo, segundo Bruno Barino, country manager da BlackRock Brasil, é ampliar as opções de investimentos em índices que refletem a economia, com ponderações de exposição diferentes entre cada um deles. Assim, a gestora complementa a grade já existente e dá opções de novos investimentos para atrair novos clientes.
Quais são os novos ETFs da BlackRock
A gestora olhou para os índices da B3 e selecionou dois para replicar nos ETFs, com o objetivo de trazer mais opções de exposição aos ativos, de forma fácil e descomplicada.
O EWBZ11, por exemplo, foi pensado para replicar o índice Bovespa BR+ Equal Weight B3. Este índice inclui os ativos do Ibovespa e BDRs de empresas brasileiras listadas no exterior, segundo a B3. A ETF da BlackRock replica essa composição de ações na mesma proporção – assim, nenhuma delas terá peso maior que a outra. Com 100 empresas no índice, por exemplo, cada emissor terá 1%.
Já o CAPE11 acompanha o índice Bovespa BR+ 5% Cap B3. Ele também reúne ações do Ibovespa e BDRs de companhias brasileiras listadas internacionalmente, mas com um limite máximo de 5% por emissor.
Barino cita como exemplo um ativo fictício que tenha um peso de 30%; neste índice, ele vai virar 5%, e o que sobrar (25%), vai para o ativo seguinte, que também vai virar 5%. Nesta dinâmica, os pesos vão se distribuindo, respeitando o limite de exposição.
Continua depois da publicidade
Esses ETFs se somam a outros da gestora, como o BOVA11, para quem busca exposição ao Ibovespa; e o SMAL11, um dos primeiros a trazer exposição às small caps brasileiras.
Além disso, a BlackRock administra o IVVB11, pioneiro em oferecer exposição ao S&P 500 e que tem hoje quase 214 mil investidores individuais; o ECOO11, que reflete o desempenho do Índice Carbono Eficiente (ICO2); e BRAX11, que acompanha o IBrX-100, índice composto pelos 100 papéis mais negociados da Bolsa.
ETFS mais acessíveis
De olho no mercado internacional e no potencial de crescimento do Brasil, Barino diz que a BlackRock está apresentando esses ETFs para ampliar as possibilidades do investidor expor sua carteira com diversificação.
Continua depois da publicidade
“Algumas vezes, a gente vê lançamentos que só criam complexidade. Mas temos convicção que estes lançamentos complementam [as possibilidades de investimento e diversificação]. Quando você vê o crescimento do mercado de ETF, percebe que quem deveria extrair o maior valor dele, que é o cliente pessoa física, não está extraindo. A evolução natural desse mercado é gerar facilidade para o cliente acessar”, afirma Barino.
Essa facilidade, para Barino, viria com maior educação financeira e a oferta de porfólios modelos, que facilitam o acesso e a compreensão dos ETFs.
Para ele, a alta da taxa de juros, que deixa os investimentos em renda fixa mais atrativos, não é a única trava para os investidores. “Se fosse só a taxa de juros, os ETF de renda fixa estavam explodindo”, afirma. “É mais conjuntural, em relação ao modelo. Se perguntar para alguém como comprar ETF de renda fixa, ele não vai saber como comprar, não vai saber acessar [o broker]”, diz.