Tarifas: Alckmin aposta em complementariedade com economia americana

Governo aposta também em programa de Data Centers para atrair investimentos

Marina Mota Silva

Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin
10/12/2024
REUTERS/Adriano Machado
Vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin 10/12/2024 REUTERS/Adriano Machado

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que continua negociando com os representantes do Estados Unidos para reduzir danos que podem ser provocados pelas tarifas impostas pelo governo Trump.

“A disposição do Brasil é negociação, é ganha-ganha. Comércio exterior é ganha-ganha. Eu sou mais eficiente numa área, eu vendo; você é mais eficiente em outra, eu compro”, explicou a estratégia durante encontro realizada nesta terça-feira (6) pela Frente Paramentar do Empreendedorismo.

Segundo Alckmin, o país para o qual o Brasil mais exporta é China. Mas, para os Estados Unidos, a exportação é de alto valor agregado. “Aviões, autopeças, máquinas, retroescavadeiras, produtos de valor agregado industrial. Por isso, é importante esta relação com os Estados Unidos e estamos atuando para mostrar que não há déficit com o Brasil. Temos oportunidades de complementariedade econômica em outras áreas”, afirmou.

Já no caso do agronegócio, segundo o vice-presidente, o aumento tarifário vai beneficiar o setor, que é muito exportador, bastante forte e competitivo. “Com clima bom e safra recorde, este ano, o agro vai fazer diferença”, comemora. 

Data Centers

O vice-presidente disse ainda que deve ser lançando nos próximos dias, um grande programa para atrair data centers para o país. O Brasil pode receber R$ 2 trilhões de investimentos na área, porque tem energia abundante, especialmente no Nordeste, e esta energia é limpa e renovável, segundo ele.



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